Estudo revela quais fatores associados à qualidade de vida contribuem para a saúde do paciente com diabetes mellitus

mãos com aparelhos para medir a glicose

Componentes físico, mental, condição sociodemográficas e clínica estão associados a melhoria da qualidade de vida de diabéticos

O Diabetes Mellitus do tipo 2 (DM2) se caracteriza pela incapacidade do corpo em produzir insulina suficiente ou de usá-la efetivamente, causando alto nível de glicose no sangue. É tratada como um problema de saúde pública, já que ao aumento da sua incidência e prevalência compromete a vida física, psicológica, social e econômica dos indivíduos.

A pesquisa utilizou uma entrevista com 300 pacientes portadores de DM2 em tratamento em um hospital universitário, com idade maior que 18 anos, a fim de avaliar a qualidade de vida  relacionada à saúde e associados a dados sociodemográficos e clínicos, durante o ano de 2022, em Vitória, no Espírito Santo.

Realizada no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), a pesquisa mostrou que, apesar da maior parte da população estudada ser composta pelo sexo feminino (79%), o sexo maculino apresentou melhor qualidade de vida nos domínios capacidade funcional e dor. Isso sugere que os homens possuem melhor qualidade de vida comparados com as mulheres, nesses domínios.

De acordo com a pesquisa, faixa etária, escolaridade e a prática de atividade física, foram associados a probabilidade de alcançar uma melhor qualidade de vida, tanto no componente físico, quanto no mental. Além do mais, ao analisar a categoria “sexo masculino”, com idade igual ou superior a 65 anos, associaram também: níveis mais elevados de escolaridade (12 anos ou mais de estudo), IMC classificado como normal ou sobrepeso, ausência de outras comorbidades e prática de atividade física.

Por fim, ao analisar a variável estado civil, constatou-se que este fator desempenha um papel significativo na qualidade de vida física dos pacientes, com uma influência de 64,2% em solteiros, viúvos ou separados. O dado revela que esses pacientes tendem a apresentar uma qualidade de vida física superior em comparação aos casados.

Os resultados levantados contribuem para compreensão das implicações da doença e podem auxiliar nas lacunas existentes entre o diagnóstico e a adesão ao tratamento. Se fazem necessárias estratégias voltadas ao planejamento de ações de prevenção à doença DM2. Além disso, o apoio familiar, social e o papel da fé também são essenciais para um melhor componente mental do indivíduo.

 

Estudo realizado por: Angelita da Silva Mansur

Detalhes da pesquisa: Saúde Coletiva

Imagem: FreePik

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