Determinantes e impactos do aleitamento materno exclusivo no Espírito Santo

mãe com um recém nascido no colo

Pesquisadores apontam fatores determinantes para o aleitamento materno exclusivo
Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES,  conduziram uma análise abrangente sobre os fatores que influenciam o aleitamento materno exclusivo (AME), prática recomendada até os seis meses de idade e complementada até os dois anos ou mais, conforme orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo destaca os benefícios do AME tanto para as mães quanto para os recém-nascidos, apesar das taxas de amamentação exclusiva ainda estarem abaixo, cerca de 37%, do ideal recomendado pela OMS, 50%. 

O objetivo do estudo foi investigar os determinantes associados ao aleitamento materno exclusivo. A tese foi composta por três artigos científicos. 
O primeiro artigo foi uma revisão de literatura em que foram analisados 145 estudos. Este artigo identificou como determinantes do AME a escolaridade materna, renda familiar, número de consultas pré-natal, orientação sobre amamentação, tempo até a primeira mamada, sexo do recém-nascido, condições de trabalho materno e licença-maternidade, uso de chupeta e orientações nos serviços de saúde. 
O segundo artigo foi realizado em três maternidades do estado do Espírito Santo. Este estudo revelou que 85,2% das mães praticavam AME antes da alta hospitalar. Mulheres menores de 19 anos e bebês nascidos a termo e com peso normal tinham maiores chances de manter o AME na maternidade. 
O terceiro artigo mostrou que 8 a cada 10 mães continuavam com AME no 7º dia após o parto, a mesma quantidade aparecia em relação ao 27º dia. Os determinantes incluíam ter companheiro, consumo de álcool e/ou tabaco, não uso de drogas ilícitas e peso normal ao nascer. A ausência de dificuldades ao amamentar foi um fator constante em ambos os períodos.
Os achados desta tese têm o potencial de influenciar o planejamento e a atualização de políticas públicas em favor do aleitamento materno, contribuindo para melhores resultados nas taxas de amamentação e amamentação exclusiva. O estudo oferece uma base sólida para intervenções e programas voltados para o apoio às mães e a promoção do aleitamento materno exclusivo.

Estudo realizado por: ANANDA LARISSE BEZERRA DA SILVA

Detalhes da pesquisa: Saúde Coletiva

Imagem: FreePik

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