Como o SUS pode ajudar na saúde mental de ex-detentas?

topo de grades e ao fundo um horizonte com nuvens

Estudo aponta estratégia semelhante às Práticas Integrativas, que já são utilizadas pelo SUS, voltadas para saúde mental

Pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) investiga como os Círculos Construção de Paz (CCP) - uma ferramenta da Justiça Restaurativa criada com o objetivo de ir contra sistemas opressores e punitivos - podem ajudar ex-detentas a lidar com traumas desenvolvidos no período em cárcere.

A amostragem da pesquisa foi feita com nove mulheres que cumpriam pena no regime fechado do Conjunto Penal Feminino de Salvador. Os dados analisados foram obtidos por meio de entrevistas com perguntas premeditadas, abertas à expressão e ao acréscimo de informações por parte das entrevistadas. Ao longo da pesquisa, se fez evidente os dois lados do sistema prisional brasileiro. As detentas relataram experiências traumáticas e humilhantes, além de alimentação e medicações inadequadas, demonstrando lacunas e hostilidade no tratamento das detentas. Enquanto isso, por outro lado, os CCP atuam para a valorização da autoestima e saúde mental das mulheres 

O sistema prisional brasileiro é um ambiente considerado hostil para muitos que passam por ele, especialmente para as mulheres. Iniciativas como os CCP precisam ser valorizadas, uma vez que, mesmo detentas, é importante que essas mulheres tenham propósito de vida. Uma maneira de se certificar que isso aconteça seria regulamentando práticas como por meio da Terapia Comunitária Integrativa assistida pelo SUS e devidamente regulamentada em todo o Brasil.

 

Estudo realizado por: Alina Mourato Eleoterio

Detalhes da pesquisa: Saúde Coletiva

Imagem: FreePik

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