Nascer nas prisões: Impacto Social

Documentário Nascer nas Prisões

VideoSaude Distribuidora Ufes/ES promove lançamento do documentário, na próxima terça-feira, 27/03, às 12h.

O Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSC/Ufes) e a VideoSaúde Distribuidora Regional Ufes/ES promovem na próxima terça-feira, 26/03, o lançamento no ES do documentário Nascer nas prisões, dirigido por Bia Fioretti. A exibição integra as atividades do Laboratório de Projetos em Saúde Coletiva (LAPROSC) e será realizado a partir de 12h, na sala 01 do prédio do PPGSC, localizado no campus Maruípe, em Vitória (ES).

O Documentário aborda o contexto da maioria dos estados brasileiros, quando a mulher grávida é transferida no terceiro trimestre de gestação de sua prisão de origem para unidades prisionais que abriguem mães com seus filhos, geralmente localizadas nas capitais e regiões metropolitanas. Essas mulheres são levadas ao hospital público para o parto e retornam à mesma unidade onde permanecem com seus filhos por um período que varia de seis meses a seis anos. Depois desse período, geralmente as crianças são entregues aos familiares maternos/paternos, ou, na ausência destes, vão para abrigos e a mãe retorna à prisão de origem.

De acordo com Maria do Carmo Leal, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e coordenadora do estudo inédito realizado pela Fiocruz, em todas as prisões femininas do Brasil que recebem grávidas e mães, foi verificado baixo suporte social e familiar, e foi frequente o uso de algemas na internação para o parto, relatado por mais de um terço das mulheres. Piores condições da atenção à gestação e ao parto foram encontradas para mães encarceradas em comparação as não encarceradas, usuárias do SUS. O estudo mostrou também que havia diferença na avaliação da atenção recebida durante a internação para o parto de acordo com a condição social das mães.

O estudo realizado na Fiocruz descreve pela primeira vez, em nível nacional, o perfil da população feminina encarcerada que vive com seus filhos em unidades prisionais femininas das capitais e regiões do Brasil, assim como as características e as práticas relacionadas à atenção, à gestação e ao parto durante o encarceramento. A pesquisa revela, por exemplo, que mais de um terço das mulheres presas grávidas relataram o uso de algemas na internação para o parto, 83% tem pelo menos um filho, 55% tiveram menos consultas de pré-natal do que o recomendado, 32% não foram testadas para sífilis e 4,6% das crianças nasceram com sífilis congênita.

Fonte: www.fiocruz.br
 

Trailer: Nascer nas Prisões - Impacto Social 

Veja também reportagem de O Globo: Juízes contrariam Supremo e evitam soltar presas grávidas

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